domingo, 30 de agosto de 2015

#Emerging – Hokazono Masaya

Olá Leitores,

Hoje a colunista Nathalia, trouxe uma novidade, resenha/análise de um mangá, vamos conferir:

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Título: Emerging
Autor\a: Hokazono Masaya
Volume: 1 de 2
Gênero: Seinen
Editora: Kôdansha
Páginas: 260

Em uma de minhas resenhas, uma das colunistas do blog, a Rose, comentou que valera a pena eu ter lido determinado livro, pois havia tentado respirar novos ares. Pois bem, “novos ares” ficou martelando na minha cabeça. Não por estar cansada de livros (está bem longe disso), mas o motivo é simplesmente ampliar meus horizontes literários e posso dizer que não vai parar em mangás. Então, apertem os cintos e acompanhem essa nova experiência pela qual estou passando.

Estou muito feliz por ter adentrado no mundo dos mangás. Perdoe a minha ignorância sobre o assunto, mas descobri que esse tipo de leitura possui seus próprios gêneros. Como está escrito na fixa técnica, Emerging enquadra-se em Seinen, que seria histórias voltadas para o público masculino entre 20 e 40 anos (não que se você não enquadrar-se não possa ler, assim como eu fiz).

Como li apenas o primeiro volume, vou ater-me apenas ao enredo dele. No início conhecemos a Akari, uma jovenzinha, estudante do ensino médio. Paralelamente também somos apresentados aos médicos Sekiguchi e Onotera.

Um evento acontece a fim de provocar uma faísca de desespero sobre o Japão. Algum patógeno nunca antes estudado ameaça dizimar a população japonesa e os companheiros médicos recebem a missão, junto a uma equipe de pesquisa, de encontrarem uma cura, uma explicação algo que previna a situação, já crítica, de um pânico geral.

Enquanto as pesquisas estão andando (nem que seja em ritmo de tartaruga) mais pessoas estão contraindo a doença e passando para quem estiver em seu convívio. Acompanhamos as pessoas que aprendemos a amar no Mangá sucumbirem a doença e ficarem em estado terminal. Para o próximo volume espero já trazer boas notícias, pois até onde parei, as coisas estavam deploráveis, sem sinal de melhora.

Espero que vocês possam se interessar por uma leitura que é muito emocionante. Até a próxima e comentem se vocês já se desbravaram novos tipos literários.


sexta-feira, 28 de agosto de 2015

As Flechas de Tarian - Camila M. Guerra

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Título: As Flechas de Tarian
Autor/a: Camila M. Guerra
Editora: Amazon
Páginas: 384

Sinopse: Hugo não tem ideia do quanto a vida comum que leva com a esposa está prestes a mudar. Depois de um trágico acidente e enquanto aguarda seu corpo recuperar-se do trauma, ele é resgatado e levado para a colônia de Tarian, um lugar totalmente diferente de tudo o que ele já viu. Lá ele conhece Anne, uma nova personagem em sua vida. Enquanto se recupera do acidente, Hugo descobre que era esperado havia muito tempo para desempenhar um papel importante na libertação da colônia, onde muitas almas se abrigam, impedidas de prosseguir em sua evolução natural, por um grupo de dominadores que se auto-intitulam deuses.

Acompanhado de Anne e das Flechas de Tarian, ele embarca em uma aventura extraordinária, que o leva por caminhos inesperados, fazendo-o descobrir sua verdadeira identidade, sua história e seu destino.


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Você que me acompanha, sabe que quando leio algo, adentro o mundo do livro de uma maneira que começo a me questionar sobre o que está escrito. Dizem que tudo que produzimos ou criamos, tiramos de alguma ideia pré pronta ou de parte de nossa evolução. A Camila M. Guerra, fez algo comigo que Dan Brown, fez quando publicou o Código da Vinci. Abriu uma parte de tudo que acredito, com uma belíssima interrogação. Onde eu me perguntei, até onde tudo que li pode ser verdade ou ficção? Até onde posso me aventurar e imaginar? Aprecio obras que me dão uma outra visão, que me fazem pensar e desenvolver. Afinal é isso que o ser humano busca, a evolução e o aprendizado a cada dia, mais e mais.

Podem dizer que estou pirando, mas como sabemos, as coisas passam a ser reais ou não, através da interpretação que temos. Um exemplo disso é que tudo que temos hoje, foi resultado do aprimoramento do ser humano, diante da necessidade e das dúvidas. E se na verdade só soubermos o que temos de saber, se tudo está programado e somente possamos direcionar com nossas decisões o futuro de algo. Só nós podemos escolher o que queremos, mas e o movimento, o destino. E SE tudo isso for mesmo consequência de outras decisões.

Sobre As Flechas de Tarian, que me deu esse golpe cerebral, posso dizer que a escrita da autora, mais uma vez me prendeu. A cada capítulo eu queria ler o próximo e saber o que aconteceria. Creio que minha ressalva seja, que em alguns momentos os personagens aceitaram facilmente as situações que lhe aconteceram, achei que eles eram, como posso dizer, acomodados com o que viam e descobriam. Tirando isso, eu só posso dizer que foi um acerto o enredo e o carinho que pegamos pelos personagens, principalmente o Hugo, a Anne, o Viggo e alguns outros. Também temos os vilões e quando eles entram em ação, até pensamos na nossa própria vida, porque as vezes tentamos ajudar alguém e essa pessoa parece não querer ajuda. Afinal pode ser uma batalha que ela mesmo, deva travar.

Quando iniciei a leitura sabia que a obra teria mais volumes e gostei disso. Ficava pensando, por favor que ela não tenha parado em uma parte muito importante. Que ela não me deixe roendo as unhas e doida, por querer saber o que vai rolar e assim não fique pressionando para sair o próximo. Posso até dizer que as pontas soltas ficaram bem colocadas, elas nos deixam curiosos sim, mas sem nos deixar aflitos. Quero saber o que vai acontecer com os personagens, quais serão as próximas batalhas, mas estou tranquila e feliz ainda curtindo tudo que li. Encanta com a força do pensamento e tudo que aprendi. Eu mesma, já usei muito a força do pensamento e acredito nisso.

Nossa eu estou falando demais, quando gosto de uma leitura fico assim, querendo debater tudo que penso. E agradeço a Camila, por me entender e deixar a ponte livre para conversar sobre tudo que estou pensando. Sei que não soltei spoiler e fico feliz com isso. Não sei se a grandeza dessa leitura, atingira você, como me atingiu. Mas só posso dizer que para mim foi uma grata experiência. 

Se eu não consegui me expressar bem, peço desculpas, mas há leituras que nos evoluem de uma maneira, que não adianta falar tudo que penso e sim, torcer para que você goste e aprecie como essa leitora que vos escreve.

Beijos Elis!!!

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

#Tag Problemas de um Leitor

Olá Galera,



Vi essa TAG no blog Fábrica dos Convites e resolvi responder, confiram:

1. Você tem 20 mil livros para ler. Como você decide o vai que ler?
R: Normalmente faço desafios para ter uma lista de leitura ou vou lendo conforme as parcerias chegam. Uma vez ou outra, leio livros que me chamam.

2. Você está no meio de um livro, mas não está gostando. Você para ou continua?
R: Eu vou até uns 30% da leitura, se não gostar até ai eu paro a leitura.

3. O fim do ano está chegando e você está perto, mas não tão perto de finalizar sua meta de leitura. O que você pretende fazer e como?
R: Normalmente tento uma maratona literária, mas não me prendo muito não. Fico feliz de chegar aos 50 livros lidos, no mínimo.

4. As capas de uma série que você ama são horríveis! Como você lida com isso?
R: Fico triste, mas arte é arte. Consequentemente gosto é gosto.

5. Todo mundo, incluindo sua mãe, gostam de um livro que você não gosta. Como você compartilha esses sentimentos?
R: Eu aceito opiniões contrárias, mas falo igualmente dos meus problemas com a leitura.

6. Você está lendo um livro e você está prestes a começar a chorar em público. Como você lida com isso?
R: shauhsua eu respiro fundo e deixou as lágrimas caírem. (ainda bem que não leio em público)

7. A sequência do livro que você ama acabou de sair, mas você esqueceu parte da história anterior. Você lê o anterior novamente? Pula para a sequência? Lê uma sinopse ou resenha? Chora de frustração?!
R: Leio o livro anterior, se eu não me lembrar da história.

8. Você não quer que ninguém, NINGUÉM, pegue seus livros emprestados. Como você educadamente diz às pessoas NÃO quando eles perguntam?
R: Não tenho um problema assim, pois normalmente empresto depois de ler. Mas acho que eu só diria que vou ler em breve, por isso não posso emprestar agora.

9. Déficit de Atenção. Você não conseguiu ler os livros que queria no último mês. O que você faz para voltar a ler mais?
R: Mudo o estilo de leitura.

10. Há muitos livros novos que foram lançados e que você está morrendo de vontade de ler! Quantos deles você realmente compra?
R: Poucos, o valor é alto as vezes, então espero as feiras de livros nas cidades, para adquirir. Agora se eu for a um lançamento, normalmente compro na hora.

11. Depois de ter comprado os novos livros que você tanto queria, quanto tempo eles ficam em sua prateleira antes de você realmente ler?
R: kkkkkkkkkkkk (Anos)


E você, o que responderia???

Beijos Elis!!!

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

#Extraordinário - R. J. Palacio

Olá Leitores do A Magia Real,

Hoje tenho para vocês a resenha de um livro muito especial, que não por acaso tem o título de Extraordinário, vamos conferir:

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Título: Extraordinário 
Autor/a: R. J. Palacio
Editora: Intrínseca
Páginas: 320

August Pullman (Auggie) teve a falta de sorte de nascer com duas anomalias genéticas muito raras que acabam deformando o rosto de quem nasce com elas, ou mesmo uma delas. Aos 10 anos, Auggie já passou por 27 cirurgias, e apesar das melhoras, nenhum delas, ou todas elas juntas, foram capazes de "normalizar" sua aparência. Agora ele está prestes a enfrentar o que com certeza será seu maior desfio: ir para a escola.

Auggie vai começar o 5º ano em uma escola particular de Nova York. Por mais que ele esteja acostumado com a reação que as pessoas tem ao verem seu rosto, ele sabe que na escola as coisas podem ser bem piores. Ele vai precisar de toda sua coragem se quiser vencer este desafio, ainda mais porque sua querida e amada irmã não estará ao seu lado para defendê-lo. 

"Todo o que é nascido de Deus vence o mundo."

Apesar do medo que sente, um pedaço dele quer ir para escola. O outro, bem o outro quer continuar protegido em casa. Apoiado pelos pais e pela irmã ele dá o primeiro passo. Em uma idade onde os comentários não são mais tão inocentes, Auggie começa a encarar o preconceito aberto e o velado das outras crianças em relação a sua aparência. Felizmente ele encontra dois amigos que aparentemente não estão se importando nenhum pouco com a falta de beleza exterior dele. Apesar disso, o preconceito está ali, bem perto e constante. Diariamente ele é obrigado a fingir que não percebe o medo e o nojo das crianças ao seu redor, até mesmo de algumas que ele achava estarem acima disso.

"Quando tiver que escolher entre estar certo e ser gentil, escolha ser gentil."

Mas é durante a festa de Halloween, o único dia em que ele se sente realmente livre e feliz, que Auggie vê seu mundo cair. Arrasado ele pensa em desistir, mas é sua irmã, a mesma com que vem se desentendendo um pouco, apesar de todo o amor que os une, que o impulsiona para frente. Ela não aceita que ele desista ou muito menos abaixe a cabeça para o preconceito. Ela faz Auggie encarar de frente os próprios problemas.

Renovado ele decide seguir em frente, e então as mudanças começam lentamente. Talvez porque ele próprio mudou ou talvez porque os outros mudaram também. A verdade é que Extraordinário é uma lição de vida. Um tapa na cara daqueles que só se importam com a beleza e esquecem o indivíduo.

Auggie tinha tudo para ser triste e até mesmo revoltado. Mas ele é gentil, inteligente e alegre. Isso também é muito fruto do amor incondicional que ele recebeu da família. Foram os pais de Auggie e sua irmã que mesmo sem notarem foram o caráter e a fortaleza deste pequeno gigante. Auggie deu um cara na tapa de todos e o resultado foi este livro que não tem melhor palavra para defini-lo do que Extraordinário.

"A grandeza não esta em ser forte, mas no uso correto da força."

Um livro que deve ser lido por todos e em qualquer idade. Acho até que deveria ser obrigatório nas escolas. Quem sabe assim teríamos uma mudança de atitude nas pessoas que habitam este planeta. Não tenho mais nada para dizer além de leiam, façam dele seu livro de cabeceira. Comprem, deem de presente, falem sobre ele e principalmente, aprendam com ele.

Beijos Rose...

sábado, 22 de agosto de 2015

#Inveja – Anna Godbersen

Olá Leitores,

Hoje tem resenha/análise da colunista Nathalia, mas antes que tal responder a pesquisa que ela está realizando acessando o link AQUI, qualquer pessoa pode responder, fiquem a vontade. Agora vamos conferir a resenha:

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Título: Inveja
Volume: 3
Série: O Luxo
Autor\a: Anna Godbersen
Editora: ROCCO
Páginas: 376

ATENÇÃO PODE CONTER SPOILER DOS VOLUMES ANTERIORES!!!!

Em comparação com os volumes anteriores da série, esse foi o que menos me agradou. Porém, o final salvou toda a trama, por isso, estou ansiosa para ler o último livro da série, Esplendor, anunciado pela ROCCO com laçamento previsto para julho.

Acompanhamos os recém-casados, Henry e Penelope, levando uma vida de fachada. Nas manchetes de jornais eles são o casal mais apaixonado de toda Manhattan, porém, na vida real, são dois estranhos. Henry não consegue aturar sua mulher quando está sóbrio, que dirá dividir o leito conjugal.
“O tom roxo do céu estava se transformando em azul-marinho e os topos das palmeiras estavam começando a ficar discerníveis, como cabeças desgrenhadas e gigantes. A lua fora obscurecida pelas nuvens, mas ela ainda brilhava no cabelo e nos braceletes de Penelope. Henry sentiu ódio dela, não apenas por ter lhe custado tanto, não apenas por toda hipocrisia, vaidade e ganância estúpida que personificava, mas porque ele voltava ao seu lado, mesmo agora, quando desejava por inteiro estar em outro lugar.” (Pág 208)

Além desse drama, acompanhamos a derradeira de Carolina Broad, ou melhor, sua volta para a pobreza e suas escolhas para adiar esse futuro que parece lhe rondar constantemente. Para mim, essa foi umas das melhores partes do livro.
“É difícil para quem já foi pobre fingir ter nascido rico. Mas esta cidade está repleta daqueles que insistem em tentar. (Trecho de As Leis de Convívio na Alta Sociedade, de L.A.M. Breckinridge).” (Pág 304)

Diana Holland tenta assumir a posição de sua irmã Elizabeth e evitar entregar seu coração para qualquer outro que o tente conquistar. Depois do que sofrera com Henry, para ela nunca existirá nenhum homem digno o bastante de levar seu coração. Ela torna-se uma mulher mais fria e maliciosa. Espera dos cavalheiros apenas diversão e nada mais. Agora é a vez dela despedaçar corações.
“Diana acreditara, até pouco tempo atrás, que ela e Henry estavam destinados a viver uma história de amor como aquelas contadas nos livros. Mas, agora, era uma pessoa inteiramente diferente – seu coração fora partido, e toda sua ingenuidade se esvaía.” (Pág. 18)

Nessa continuação da série as máscaras vão caindo, mas não por completo, o que nos deixa com uma bela, e última, continuação para O Luxo. Estou esperando para ler a página que encerra toda trama. E, embora não tenha me prendido na história como os anteriores, não significa que o livro é ruim, mas espero voltar a ficar maravilhada com o último volume.

Não tenho do que reclamar quanto a edição. A editora ROCCO sempre fazendo um ótimo trabalho.
“Era tarde do dia seguinte ao da confissão de Elizabeth, e ela estava se esforçando para manter a calma. Ainda estava trêmula de culpa e medo, para não falar da náusea e do cansaço, mas tentou desesperadamente manter as mãos firmes enquanto abotoava os pequeninos botões que se estendiam dos punhos ao cotovelo de suas mangas.” (Pág. 290)
Beijos Nathália....até a próxima!!!

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

#O Menino que Pedalava - Cassia Cassitas

Oi Pessoal,

Hoje temos a resenha/análise de um livro Nacional, feita pela colunista Rudy, do blog Alegria de Viver e Amar o que é bom!!!, confiram: 

Foto do arquivo da Rudy

Avaliação da Rudy: 5,0 / 5,0

Título: O Menino que Pedalava
Autor/a: Cassia Cassitas
Páginas: 248

Elizabeth era responsável pela parte da comunicação de uma empresa que patrocinava as Olimpíadas. Viajava por todo o mundo fazendo avaliações e contatos. Mário era profissional da comitiva das Olimpíadas e viajava pelo mundo, embora tivesse casa fixa no Rio de Janeiro. Inevitavelmente o encontro dos dois iria acontecer em um momento. Acabam se casando em 1984 quando Mário é transferido para organizar as Olimpíadas de Seul. Elizabeth acaba sendo contratada pelo COI para acompanhar Mário.

Em 1991 Elizabeth foi para África, mais especificamente em Soweto, terra de grande segregação racial e de Nelson Mandela. Lá passa mal e tem um desmaio, é acolhida por uma das famílias palpérrimas que lhe oferece uma água bem suspeita, sem tratamento. Retorna ao Rio de Janeiro e descobre que está grávida. Começa aí toda mudança de vida de Elizabeth. De uma profissional gabaritada, que viaja mundo a fora, decide ser mãe em tempo integral.

Começa então busca por um imóvel perto dos pais de ambos, entretanto, o mercado imobiliário não se mostrou favorável ao tipo de imóvel desejado por Mário, com quintal e espaço para criar o filho. Quando encontravam um no Rio, o preço não estava no orçamento deles. Mário tem de ir à Curitiba e Elizabeth o acompanha. Lá, enquanto o marido participava de reuniões, ela passeava e conhecia a cidade e aprendia com as pessoas. Decide que vai se estabelecer por lá, onde a tranquilidade era maior que no Rio e poderia cuidar de seu filho André.

André transforma a vida de Elizabeth. Entre amigos do condomínio, escola, decepções, desprezo, André descobre no ciclismo um motivo para superar as dificuldades e descobre sentido para sua vida: quer ser atleta paraolímpico. Na vida de André, ainda outras pessoas fazem parte de sua trajetória: Um médico que monta robôs, a filha de uma adolescente sozinha, um atleta aposentado ensinando André superar limites e viver seu sonho.
“É mais simples reconhecer o talento do que a dedicação, pois o talento é u dom e a dedicação é uma opção ao alcance de todos.”(pág. 157)
“[...] E tudo começa na armadilha de fazer demais. É possível fracassar quando se faz uma apresentação e não se consegue atingir o público ou quando se prepara um jantar e a comida fica horrível, mas como fracassar sendo exatamente quem a gente é?”(pág. 238)

Já havia me encantado com um livro anterior da autora – A Fortuna/Saga da Riqueza –  e qual não foi minha surpresa ao receber o exemplar de “O menino que pedalava”, não esperava e fiquei bem feliz pela lembrança da autora.
Tudo bem, estou enrolando, vocês querem é minha opinião. Vamos lá. É que ainda estou digerindo toda história que mistura fatos reais com uma ficção bem escrita, em um enredo conquistador de luta pela sobrevivência e de superação de preconceitos.

Pode parecer uma estória simples de dois profissionais capacitados, envolvidos com a preparação das olimpíadas pelo mundo a fora e quando a protagonista engravida, decide deixar o profissionalismo de lado para dedicar-se exclusivamente ao filho entretanto, o filho é alguém bem especial e os pais decidem prepará-lo para enfrentar o mundo.

O livro todo mexeu muito comigo, primeiro pela simplicidade com que os fatos vão sendo apresentados ao leitor, de forma que não haja choque com a verdadeira realidade de André, menino determinado a superar suas limitações e em busca de um sentido para vida.

Depois pela lição de vida que o livro transmite. Apesar das limitações, André busca justamente no esporte a cura para alma, o sentido para ir em busca de objetivos maiores, mostrando que não há deficiência que pare a vontade de seguir em frente, ter um foco, um objetivo de vida que o faça feliz.

Fui tocada por minha inércia. Sim, minhas pequenas dificuldades por vezes me paralisa a determinadas ações e poder ler sobre uma criança com problemas bem maiores que o meu, sentir-se ativo e tornar-se um desportivo atleta, me incentivou ao movimento e por coincidência, justamente na bicicleta que é o que venho praticando em casa.

E para superar todas as dificuldades, ainda tem o amor de uma mãe dedicada que larga tudo para acompanhar o desenvolvimento do filho nas várias etapas de sua vida em busca de sucesso e felicidade. E não se sente frustrada com a decisão que tomou, ao contrário, mostra o que é o verdadeiro amor e o quanto uma família bem estruturada é importante.

Extasiada com o livro e recomendo para quem gosta de lições de vida e superação. “Este é um livro sobre superação em meio a conquistas, obstáculos, amor e heroísmo escrito nos bastidores da vida.”
Cheirinhos Rudy...

terça-feira, 18 de agosto de 2015

Eu Estive Aqui - Gayle Forman

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Título: Eu Estive Aqui
Autor/a: Gayle Forman
Editora: Arqueiro
Páginas: 240

Sinopse: Quando sua melhor amiga, Meg, toma um frasco de veneno sozinha num quarto de motel, Cody fica chocada e arrasada. Ela e Meg compartilhavam tudo... Como podia não ter previsto aquilo, como não percebera nenhum sinal?


A pedido dos pais de Meg, Cody viaja a Tacoma, onde a amiga fazia faculdade, para reunir seus pertences. Lá, acaba descobrindo muitas coisas que Meg não havia lhe contado. Conhece seus colegas de quarto, o tipo de pessoa com quem Cody nunca teria esbarrado em sua cidadezinha no fim do mundo. E conhece Ben McCallister, o guitarrista zombeteiro que se envolveu com Meg e tem os próprios segredos.

Porém, sua maior descoberta ocorre quando recebe dos pais de Meg o notebook da melhor amiga. Vasculhando o computador, Cody dá de cara com um arquivo criptografado, impossível de abrir. Até que um colega nerd consegue desbloqueá-lo... e de repente tudo o que ela pensou que sabia sobre a morte de Meg é posto em dúvida.

Eu estive aqui é Gayle Forman em sua melhor forma, uma história tensa, comovente e redentora que mostra que é possível seguir em frente mesmo diante de uma perda indescritível.

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É difícil falar de uma leitura quando nos sentimos tão parte das palavras escritas. Cody se vê perdida ao descobrir que sua melhor amiga se suicidou. O caso é que os bilhetes de despedida deixaram aquela pergunta: - Por que não reparei que estava acontecendo algo? E ao receber da família o notebook da amiga de presente, ela começa a verificar que pode ter existido um motivo e um auxílio para que ela tomasse a própria decisão.

Cody começa buscar respostas e conhecer pessoas da vida de Meg, que vão ajudando-a a esclarecer suas dúvidas. Notamos que a amizade se modifica com o passar do tempo, por mais que desejamos ser sempre os mesmos, a vida e as situações modificam nosso jeito de ser e pensar. Eu confesso que por mais que eu deseje, não consegui manter uma amizade constante da infância a minha vida atual. Revejo algumas amigas, mas não é a mesma coisa, afinal amadurecemos a cada dia e temos visões diferentes. O carinho permanece, mas as visões de vida não.

Outra situação da obra que me deixou pensando é a formação familiar, vemos como Cody gosta da família da Meg e se sente bem entre eles, a rotina, o costume de anos de geração, já influenciam os adolescentes de hoje. Muitas pessoas já me disseram que acham estranho uma mãe, que é mais descolada e desligada, daquela que acorda cedo, começa a limpar e preparar refeições, checar onde anda os filhos e o que estão fazendo. Hoje somos mulheres tão independentes que vamos trabalhar, nos atualizamos nas redes sociais, algumas vão a festas noturnas, outras veem o filho somente no fim do dia. Não estou julgando ninguém, mas quero só dizer que eu tenho uma concepção diferente da vida, porque a minha mãe esteve em casa para nos educar e criar. Eu só posso agradecer a ela e ao meu pai, por me transformarem na pessoa que sou hoje.

Tenho vontade de contar o spoiler principal para vocês, mas perderia a descoberta ao final da leitura, então o que posso dizer é que eu já estive perto do enredo do livro. E posso dizer que os dados finais colocados pela autora, são chocantes. Por mais que a doença não pareça ser tão forte, ela pode devastar muitas pessoas. Ter com quem conversar sempre é maravilhoso, então converse e se abra com quem se sente a vontade, pois essa pessoa pode lhe dizer algo que mude toda sua concepção sobre o assunto. Eu tive uma pessoa que fez isso por mim e até hoje agradeço a ele por ter me aberto os olhos da alma.

Pelo que escrevi ou por outros comentários em redes sociais, vocês já podem saber o assunto que tento ocultar. Então só tenho a dizer, que levantar e lutar todos os dias é uma atitude corajosa, afinal todo dia é um presente que ganhamos e temos de saber utilizá-lo.

Amo a escrita da Gayle Forman, pois ela me faz ficar presa a leitura de uma maneira incrível e quando vejo estou nas palavras finais. Já sou uma fã da autora, não tenho como negar.

Beijos Elis!!!

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

#Para Sempre - Alyson Noel (vol. 1)

Olá galera,

Hoje temos a resenha da colunista Nathalia, vamos conferir:
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Título: Para sempre
Volume: 1
Série: Os imortais
Autor/a: Alyson Noël
Editora: Intrínseca
Páginas: 264

Sinceramente, não sei como consegui o livro até agora rsrsr. De fato ele estava na minha lista de possíveis leituras futuras, mas não seria tão já. Num belo dia, eu estava participando de um grupo de trocas. Foi uma loucura divertida, e repentinamente estava com o livro em mãos. Como não tinha nada na minha pilha, resolvi me contentar com ele mesmo.

Dados para você entender melhor minha opinião:
Data de lançamento de Para sempre: 3 de fevereiro de 2009
Data de lançamento de Crepúsculo: 5 de outubro de 2005
Data de lançamento de Fallen: 8 de dezembro de 2009

Para não acusar ninguém de nada: leiam os dados acima, depois leia o que vem logo abaixo, reflita e tire suas próprias conclusões.

A semelhança do primeiro volume de Os imortais, com Fallen e Crepúsculo é gritante.
“A literatura nasce da literatura. Cada obra nova é continuação, por consentimento ou contestação, das obras anteriores. Escrever é, pois, dialogar com a literatura anterior e com a contemporânea.” (Leyla Perrone-Moisés)

Ever Bloom é uma mediúnica, ou seja, ela pode ver mortos, ouvi-los, converçar com eles, além de enxergar a áurea das pessoas expressas em cores. Mas ela nem sempre foi assim, na verdade, ganhou esse “presente” logo depois de perder toda a sua família num acidente de carro.

Sentindo-se culpada e sozinha no mundo, Ever passa a morar com sua tia Sabine, que só pensa em sua vida profissional. Para tentar passar a impressão de viver uma vida normal, Ever se esconde atrás de um ipod, moletom e cabelos presos (que são usados como forma de punição). Porém, seu “dom” não é de todo inútil, já que ela pode ver sua irmã morta, Riley e ter altas conversas e briguinhas como faziam ainda em vida.

Para sua felicidade ou, no primeiro momento, infelicidade, surge Damen, o cara novo e bonitão da cidade que resolve desmoronar a fachada “vida normal” de Ever e trazer lembranças dolorosas de seu passado e de suas vidas passadas. Mas, para ser atraído por uma garota anormal, ele só poderia ser anormal também. Ele não é vampiro, não é anjo, não é bruxo... Ele é um imortal... Não me perguntem o que seria isso, pois o livro terminou e esse ponto não foi bem explicado. Na verdade as tentativas de explicação por parte da autora só me deixou com mais dúvidas sobre o que seria um imortal.

Ever foi a personagem que menos me chamou a atenção. Para ser franca o único personagem que me conquistou foi Miles, seu melhor amigo. Ele é engraçado (modéstia minha, ele é engraçado pacas) e foi o único que despertou alguma coisa em mim, que, para minha sorte, foram altas gargalhadas.
“- É como um nome de stripper? Tipo, o nome de seu primeiro animalzinho de estimação mais o nome de solteira da sua mãe? Porque aí meu nome seria Princesa Slavin. Uau, abalei. – Ele desanda a rir.” (Pág. 53)

Não posso dizer que não fiquei presa ao livro, porque, na verdade, fiquei. Ele é o tipo que você consegue terminar de ler em uma sentada. Possui uma dinâmica predominantemente rápida, embora ocorram algumas senas que julguei tediosas (principalmente aquelas em que Riley e Ever começavam a implicar). Ainda pretendo ler as continuações para sanar minha dúvida... Afinal o que seria um imortal para Alyson Noël? Será que ela fez isso de propósito a fim de fazer com que o leitor procure pela continuação? O que teria para acontecer a mais com Ever e Damen?
“(...) Eu já deveria ter imaginado o que aconteceria, na deveria ter ficado surpresa. Damen é um jogador. Essa é a verdade pura e simples.” (Pág. 81)

Sei que essa é uma série bem famosa, então se vocês já leram deixem sua opinião nos comentários e até a próxima ;)

sábado, 15 de agosto de 2015

Rush Sem Limites - Abbi Glines

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Título: Rush Sem Limites
Autor/a: Abbi Glines
Editora: Arqueiro
Páginas: 192

Sinopse: Rush sem limites conta a história de Paixão sem limites sob ponto de vista de Rush.
Rush merece sua reputação de bad boy. Com seus carros de luxo e sua mansão de três andares à beira-mar, o filho de um famoso astro do rock tem uma fila de garotas a seus pés. No entanto ele precisa apenas de duas pessoas para ser feliz: seu irmão postiço e melhor amigo Grant e sua meia-irmã Nan.

Até que Blaire Wynn chega à cidade em sua velha caminhonete. A beleza angelical da garota do Alabama logo chama a atenção de Rush. Mas, por causa de um segredo de família, ele decide manter distância de Blaire. Mesmo que ela precise de sua ajuda. E mesmo que ela lhe desperte sentimentos desconhecidos.

Órfã de mãe e abandonada pelo pai, Blaire está sozinha no mundo – porém Rush entende que se aproximar dela pode destruir a vida da irmã, a quem protegeu desde que eram crianças. A relação secreta entre as duas e o ódio que Nan nutre por Blaire são mais do que bons motivos para Rush manter-se afastado. Só que ele não consegue. O desejo fala mais alto.

Depois do sucesso da trilogia Sem Limites, Abbi Glines leva os leitores de volta ao início dessa história de amor. Em Rush sem limites, você entrará na mente do bad boy que já conquistou milhões de fãs mundo afora.


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Quando vi o lançamento de Rush Sem Limites, fiquei com medo de solicitar, mesmo amando a escrita da autora e suas obras, tanto quanto seus personagens. Afinal por ser a visão do Rush, eu poderia ter me decepcionado, depois de conhecer a versão da Blaire. Ainda bem que a coragem me visitou nesta hora...(risos)...ler a obra pela vista desse playboy apaixonante foi incrível.

Rever as cenas e perceber que estávamos vendo o que acontecia com ele, como ele se sentia, me deu a oportunidade de saber seus anseios, medos e preocupações. As cenas quentes foram tão boas quanto e poder relembrar os diálogos desses dois foi de uma emoção ímpar. Para quem é fã da série a leitura vai ser muito boa, pois mesmo sabendo como tudo vai acontecer e saber o desfecho da série, é como não ter de dar o Adeus aos personagens que tanto amamos.

Vão achar loucura, mas não teria medo de ler a obra pelo ponto de vista de outros personagens também, afinal o que acontece com cada um nos mostra outra visão e sentimentos, que sendo vividos através das palavras que lemos, dão um dimensionamento diferente de todo o filme que montamos na mente. Espero poder ver em um próximo volume como foi o sofrimento do Rush, pois sei que para um homem como ele demonstrar tanto sentimentos diante da mulher amada, não é fácil.

Sei que muitas pessoas não gostam de ler a mesma história pelo ponto de vista de outro personagem, pois realmente ela fica um pouco repetitiva, mas olha, ler após um bom tempo, só nos dá prazer em visitar momentos adormecidos no universo da nossa mente. Sou fã a Abbi Glines, isso me faz querer ler tudo que ela escreve.


Beijos Elis!!!!

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Divulgando: As Flechas de Tarian - Camila M. Guerra

Oi Pessoal,

Vim dar um chego aqui, para contar sobre a obra As Flechas de Tarian, da autora Camila M. Guerra, vamos conferir:

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Páginas: 384

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Sinopse: Hugo não tem ideia do quanto a vida comum que leva com a esposa está prestes a mudar. Depois de um trágico acidente e enquanto aguarda seu corpo recuperar-se do trauma, ele é resgatado e levado para a colônia de Tarian, um lugar totalmente diferente de tudo o que ele já viu. Lá ele conhece Anne, uma nova personagem em sua vida. Enquanto se recupera do acidente, Hugo descobre que era esperado havia muito tempo para desempenhar um papel importante na libertação da colônia, onde muitas almas se abrigam, impedidas de prosseguir em sua evolução natural, por um grupo de dominadores que se auto-intitulam deuses.

Acompanhado de Anne e das Flechas de Tarian, ele embarca em uma aventura extraordinária, que o leva por caminhos inesperados, fazendo-o descobrir sua verdadeira identidade, sua história e seu destino.



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Estou curiosa com o que vou descobrir nessas páginas. Como gostei muito de A Última Chave, espero me prender a escrita da autora, tanto quanto da primeira vez. Aguardem em breve...minha análise para vocês.

Beijos Elis!!!!

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Predestinadas - Jessica Spotswood (vol. 3)

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Título: Predestinadas
Série: As Crônicas das Irmãs Bruxas
Volume: 03
Autor/a: Jessica Spotswood
Editora: Arqueiro
Páginas: 288

Sinopse: Cate Cahill acabou de ser apagada da memória de Finn, o grande amor de sua vida. A responsável por essa traição foi Maura, uma de suas irmãs, e Cate está certa de que nunca vai conseguir perdoá-la. Enquanto isso, Tess, a caçula, está às voltas com visões cada vez mais assustadoras.Como se não bastasse, a Nova Inglaterra vem sendo tomada por uma febre mortal sem precedentes. Preocupada, Cate quer ajudar a todos, mas é impossível fazer isso sem revelar seus poderes e, assim, aumentar a fúria dos Irmãos da Fraternidade, os implacáveis caçadores de bruxas.Em meio a desavenças com suas aliadas em potencial, Cate terá que se desdobrar para conseguir prestar o auxílio que deseja, proteger Tess e Finn e lutar por uma nova ordem que permita que as bruxas sejam representadas no governo de sua cidade e não precisem mais se esconder.Predestinadas é o desfecho de uma saga permeada de delicadeza, cores, magia e fortes emoções. As irmãs Cahill terão que enfrentar os maiores desafios de sua vida, e o amor que sentem uma pela outra será fundamental nessa jornada.

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[CUIDADO SPOILER]

Vou sentir falta desses personagens, acabei me apegando a história de uma maneira que não queria que terminasse por aqui, mesmo sabendo que seria desnecessário uma continuação. Tudo que aconteceu era um pouco previsível, mas o modo que aconteceu deu muita ação ao enredo, a todo momento eu pensava em proteger a Cate e a Tess. Sentia os problemas da Maura, mas creio que eu só a entendi no momento que a autora, nos mostrou que ela devia ser compreendida.

Não vou negar que a nossa vilã, teve o que mereceu, no entanto me deu pena dela. Afinal as pessoas se transformar por um motivo ou outro no decorrer da vida e isso influência em suas ações. Mas ferir outras pessoas por estar cega pela vingança, jamais acabaria bem.

Seria impossível negar que o Finn foi colocado de maneira a nos encantarmos com o amor entre ele e a Cate, sim em tanta tragédia, é necessário um amor para continuarmos acreditando no que é bom. A escrita da Jessica Spotswood é boa e nos prende. Uma adolescente se apega da maneira perfeita, pois são sonhadoras. Eu que mesmo não sendo velha, mas tenho um pouco mais de histórias reais ou fictícias vividas, sei que nem tudo são rosas e na realidade isso realmente é uma fantasia como foi catalogada. Então creio que perceberam que não importa a idade e sim o que você deseja viver para gostar de uma leitura. Eu gosto de viver nesses diversos mundos sem sair do lugar e ir e vir nas mais diversas idades.

As pessoas que gostam de livros históricos não curtirão a leitura, essa é uma leitura para sonharmos e acreditarmos que as pessoas podem mudar, que não devemos confiar em todos e que a família e o amor sempre são importantes. Se gosta de magia e heroínas, assim como uma vilã astuta, irá se encantar com estas três irmãs e sua profecia. Também irá se revoltar com o machismo dos irmãos da fraternidade, mas nem todo mundo é igual, e sempre é necessário ver as diferenças.

Um desfecho triste, mas necessário. Uma história de aventura e lealdade, com toques de coragem e amor. A verdade as vezes demora a aparecer, mas jamais fica guardada pela mentira. Eu gostei e recomendo.

Beijos Elis!!!

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

#Juca Mulato – Menotti Del Picchia

Olá Leitores,

E a colunista Nathalia, nos apresenta mais uma análise, confiram:


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Título: Juca Mulato
Auto/a: Menotti Del Picchia
Editora: Ediouro Publicações
Páginas: 80

Foge-me da memória o fato de que eu não me dou com o tipo textual poesia. Porém, caso não tenha relatado isso a vocês, leitores, perdoe-me e já aproveito para deixar oficial “não gosto de poesia, ou melhor, não gostava até a presente obra”.

Embora o livro seja bem pequeno (quanto ao número de páginas), o conteúdo é enorme, muitos livros de 300 páginas não conseguem transmitir tantos ensinamentos como esse, com suas 80 humildes folhas. Por isso, se você olhou e pensou: “leio isso em um dia”, está enganado e, admito, caiu no mesmo erro que eu. Demorei um pouco mais de uma semana para lê-lo devidamente.

Juca Mulato é um caboclo do mato. Trabalha em uma fazenda de café e, num belo dia, depara-se com a filha da patroa, por quem se apaixona perdidamente, mesmo sabendo que esse sentimento não é correspondido. Juca não consegue tirá-la dos pensamentos. O olhar de sua musa está presente em todas as formas da natureza: no deitar do sol, nas águas do riacho, nos sons da floresta, de modo a atormentar e segui-lo a todo o momento.

“ E, na noite estival, arrepiadas, as plantas

tinham na negra fronde umas roucas gargantas
bradando, sob o luar opalino, de chofre:
“Sofre, Juca Mulato, é tua sina, sofre...
Fechar o mal de amor nossa alma adormecida
é dormir sem sonhar, é viver sem ter vida...
Ter a um sonho de amor o coração sujeito
é o mesmo que cravar uma faca no peito.
Essa vida é um punhal de dois gumes fatais:
não amar, é sofrer; amar, é sofrer mais!” (Pág. 21)

Sensacional, não tenho palavra melhor. O sentimento de Juca é descrito por muitos como puro. Entretanto, para minha simplória opinião, percebi um amadurecimento emocional. O que iniciou como um amor platônico transforma-se num sentimento tão ardente a ponto de levar o protagonista a delírios fantasiosos (se é que vocês me entendem rsrs) com seu objeto de devoção, a filha da patroa. Juca tinha duas saídas, esquecer ou enlouquecer.

“- Juca Mulato! Esquece o olhar inatingível!
Não há cura, ai de ti! para o amor impossível.” (Pág. 54)

Achei o livro desafiador no quesito vocabulário, são raros os poemas que não recorri ao dicionário, mas, de modo algum isso é um ponto negativo, já que um dos propósitos da leitura é, justamente, enriquecer a nossa gama de expressões (e esse livro vai acrescentar muito mesmo).

Não consegui definir de fato um posicionamento para o escritor. Ele não é parnasiano, é identificado como da primeira geração do modernismo, mas ainda conserva os versos alexandrinos, embora siga o ritmo modernista.

O livro apresenta uma excelente edição, principalmente para quem gosta de estar por dentro do pano de fundo, já que no inicio apresenta uma breve introdução pelo Professor Osmar Barbosa e, ao final, uma coletânea de resenhas mais uma crítica profissional de Jairo Dias de Carvalho, alem de uma mini biobibliografia de Del Picchia. Além de tudo isso, a obra está acompanhada de ilustrações de Tarsila, Mozinha e do próprio autor.

Nessas minhas leituras acadêmicas descobri que o senhor Menotti foi o discursista da Semana de Arte Moderna.

Vou deixar aqui uma comparação bem interessante e inteligente que o critico fez com Juca Mulato e os personagens de Euclides da Cunha:

“Enquanto os jagunços de Canudos triunfam sobre o meio e sobre o homem, a vitória de Juca Mulato é suprema porque é sobre si mesmo.” (Pág. 74)

A meu ver a obra é maravilhosa, sublime, sensacional... Rsrsrs como vocês puderam ver são muitos os elogios. Então está aí uma bela leitura e até a próxima ;)

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

#A Playlist de Hayden - Michelle Falkoff

Oi Galera,

Hoje vim lhes mostrar a análise da amiga Rose, do blog Fábrica dos Convites, confiram:

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Título: A Playlist de Hayden
Autor/a: Michelle Falkoff
Editora: Novo Conceito
Páginas: 288

Sam e Hayden era amigos desde crianças. Com problemas em estabelecerem relacionamentos e de se encaixarem em algum grupo social, a amizade deles era o que os mantinham afastados da completa solidão.

Sam era alto, magricelo e descoordenado. Sua mãe trabalhava muito para manter a casa, e sua irmã fingia que não o conhecia, deixando a cumplicidade que havia entre ambos no passado. Hayden era baixo e gordinho, além de sofrer de dislexia. Sua família não tinha problemas com dinheiro, mas ele não se sentia querido. Seu irmão Ryan era o primeiro a ajudar com o bullying que sofria, tanto na escola quanto em casa. Seus próprios pais não o ajudavam.

Sam e Hayden viviam em um mundo próprio criado por eles mesmo. Não eram de sair muito e nem de frequentarem as festas do pessoal da escola. Por algum motivo Hayden insistiu para que ele e Sam fosse a uma festa. Mesmo contra a vontade, Sam acompanhou seu amigo e qual não foi sua surpresa quando ambos foram mai uma vez motivo de chacota do pessoal da festa. O pior de tudo é que quem liderava tudo era o próprio irmão de Hayden. Sam não sabe exatamente como tudo começou, e nem se importou com isso. Pelo menos até encontrar o corpo de Sam. Alguma coisa muito grave havia acontecido para fazer seu amigo desistir de tudo e se matar. Ele não tinha ideia do que teria acontecido. Hayden não lhe contou nada, e não deixou nenhuma carta de despedida com alguma explicação para o que fez. A única coisa que ele tinha era um bilhete de Hayden, onde pedia para Sam ouvir a playlist que deixara em seu pendrive. Segundo o bilhete, esta playlist faria Sam entender tudo o que tinha acontecido.

A verdade era que Sam estava novamente sozinho e passando por um turbilhão de emoções que iam da raiva para a saudade, da incredulidade para a culpa. Sentindo-se impotente não sabia o que pensar. Ele se culpava por não ter percebido que seu único e melhor amigo estava chegando ao final do túnel.
Para piorar, a playlist que Hayden havia deixado não o estava ajudando e ele começou a ter algumas alucinações onde a melhor explicação era que Hayden estava vivo. Ou era isso, ou ele estava ficando maluco. Aos poucos Sam foi retomando sua vida. Fez uma nova amizade (Astrid) que ele descobriu ser uma amiga de Hayden. Uma amiga aliás que ele nunca chegou a comentar com Sam. E não foi apenas isso que Sam descobriu. Hayden pelo visto guardou para si alguns segredos e frustrações, coisas que Sam nunca imaginou.

Através de Astrid, Sam conheceu uma nova turma, onde ele estava conseguindo se encaixar, mas a morte de seu amigo não saía de sua cabeça. Também não saía de sua cabeça os sentimentos que Astrid estava despertando nele. Por incrível que pareça, depois da morte de Hayden, a vida de Sam parece que muda para melhor. Sua irmã que andava bem afastada volta se aproximar. Astrid e sua turma lhe mostram um mundo onde ele não precisava estar sozinho. Ele e Astrid começam um namoro. O problema mesmo ainda era a morte não explicada de Sam e os acidentes que estavam acontecendo com o trio que liderava o bullying contra Hayden. Acidentes estes que colocavam Sam no olho do furacão.

"Desejei que tivesse algum botão de retrocesso que eu pudesse apertar."

Descobertas inesperadas fazem Sam rever tudo o que sabia e pensava. Era hora de se recolher e descobrir quem Sam era de verdade e o que queria de real para sua vida. Será que Sam estava perdendo a razão e mesmo sem saber estava se vingando do que fizeram com seu amigo? Qual seria a explicação para as alucinações que Sam estava tendo? Qual foi o real motivo que levou Hayden a desistir da própria vida?

Um drama adolescente que mexe com os sentimentos dos leitores e nos faz questionar como lidamos ou tratamos de alguns problemas. Junto com Sam tentamos descobrir e principalmente entender os motivos que levaram Hayden ao suicídio. Drama, segredos, amizade, bullying, primeiro amor, família, escola, morte, esperança, assuntos explorados pela autora em uma época onde estamos aprendendo nossa própria identidade. Em uma época em que começamos a decidir nosso futuro, Sam tem que lidar com a dor do luto, e o que é pior, com a hipocrisia daqueles que nada fizeram para ajudar seu amigo morto. Ele tem que entender os próprios sentimentos e frustrações.

Apesar de ter gostado do livro de um modo geral, achei que faltou alguma coisa, talvez uma emoção verdadeira no final. Não consegui conectar meus sentimentos no livro, mesmo não tendo achado a leitura entediante, não me senti verdadeiramente conquistada pela emoção. Estranho, eu sei, mas não tenho como colocar isso de outra forma. De qualquer maneira, acho sim que vale uma leitura.

Beijos Rose...

sábado, 8 de agosto de 2015

#A Sombra do Vento – Carlos Ruiz Zafón

Oi Galera,

Hoje a colunista Nathalia nos brinda com a análise de A Sombra do Vento, vamos conferir:

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Título: A Sombra do Vento
Autor/a: Carlos Ruiz Zafón
Editora: Objetiva
Páginas: 399

Mesmo esse sendo o primeiro livro do autor que leio já estou curiosa para acompanhar outros trabalhos de Zafón. Já vou confessar que não dava muito pela história. Ao meu ver, seria algo sem muito sentido, não conseguia me interessar pela trama, mas como o livro estava ali, eu li, simples assim. E me odiei por ter um pré-conceito, porém já me corrigi e espero não ter mais problemas quanto a esse assunto.

Daniel Sempere recebe a missão de guardar um segredo. Ele deve “desenterrar” um único livro, abandonado pelas pessoas, que será seu pelo resto da vida. É nesse contexto que ele conhece O Cemitério dos Livros Esquecidos e o romance A Sombra do Vento de Julián Carax.

“(...). Tinha lido uma descrição idêntica daquela sena em A Sombra do Vento. No relato, o protagonista se aproximava todas as noites da varanda à meia-noite, e descobria que um estranho o observava da sombra, fumando devagar. Seu rosto ficava sempre escondido na escuridão e só os olhos insinuavam-se na noite, ardendo como brasas. (...)” (pág.35)

Como Daniel se encanta pela história e pela forma narrativa do autor misterioso, ele decide procurar mais obras de Carax, mas, para seu espanto, descobre que alguém sem paradeiro iniciou, a muito tempo, uma inquisição dos livros de Júlian Carax. Intrigado com tal descoberta, ele mergulha nas histórias sombrias de uma Barcelona gótica de 1945, tendo como pano de fundo o final da Segunda Guerra Mundial.

Com o desenrolar eletrizante percebemos que o passado de Júlian mescla com o presente de Daniel, ou seja, episódios vividos pelo autor, serão (re)vividos por Sempere, entretanto com desfechos diferentes. Mas a trama não é apenas essa. Acompanhamos a infância, adolescência e início da vida adulta do protagonista, com todos os questionamentos, paixões e medos de uma pessoa comum.

“- Você nunca vai me perdoar, não é, Daniel? Para você sempre vou ser Clara Barceló, a pérfida.
- Para mim você sempre será Clara Barceló e ponto. Você sabe disso. ” (Pág. 278)

Carlos R. Zafón sabe como encher uma narrativa de mistério, intrigas (tanto as do passado como as do presente) e amores cheios de obstáculos que me deixaram angustiada. Fui muito injusta com esse livro e me arrependo amargamente. Espero ler mais exemplares do autor, que me conquistou por completo. Recomendo a leitura a todos que apreciam boas histórias e personagens muito bem construídos.

Vocês sabem que quando encontro algum problema com a edição, venho correndo contar a vocês. Porém, não tenho do que reclamar, a editora fez um excelente trabalho com um capricho notório, além do que o livro é de alta qualidade, terminei de ler e ele está como novo.

Apreciei muito a leitura e acredito que a obra fez jus aos “mais de 6,5 milhões de exemplares vendidos em todo o mundo”.

“ (...). Júlian chorava em meu peito e eu me senti invadir por um cansaço impossível de traduzir em palavras. Mais tarde, quando caiu a noite, nossos lábios se encontraram, e sob a proteção daquela obscuridade urgente nos desprendemos daquelas roupas que cheiravam a medo e morte (...). ” (Pág. 339)

Beijos...Até a próxima....Nathalia!!!

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

A Última Chave - Camila M. Guerra

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Título: A Última Chave
Autor/a: Camila M. Guerra
Editora: Amazon
Páginas: 174

Sinopse: Sofia mantém sua vida nas rédeas e está muito feliz sozinha. Até o dia em que encontra um livro intrigante que muda completamente a sua vida, envolvendo-a em uma série de sonhos estranhos. Sem querer, ela passa a viver experiências muito intensas fora do corpo. Essas experiências trazem para sua vida um tufão, que bagunça seu auto-controle e, de quebra, traz-lhe uma indesejada e arrebatadora paixão e uma batalha incansável contra um inimigo feroz. Sonho ou realidade? A realidade nos sonhos pode ser implacável e verdadeira…

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Livros são como pessoas, há aquelas que amamos em poucos momentos, os que ignoramos por não aceitarmos suas falhas e até aqueles que mesmo com pequenas ressalvas queremos para a vida toda. Como podem ver há leitura para todos os gostos. Aqui encontrei uma dessas leituras que permanecerão na minha mente por um bom tempo, uma leitura que quero lembrar para a vida toda. 

Mas como ninguém consegue agradar todo mundo, tenho duas ressalvas referente a leitura, que vou contar agora, para depois dizer tudo que amei. Iniciei a leitura sem pretensão alguma e meu lado crítico começou a se ligar, vi cenas um pouco corridas no início e em um certo capítulo uma palavra repetida, o que pode ser corrigido facilmente, já que pelo que li é um fato isolado. Na minha concepção geral eu amei a obra, li de uma vez só. Não conseguia parar.


"Quando alguém pisa na gente uma vez, a culpa é dele. Mas quando pisa uma segunda vez, a culpa é nossa."

O tema projeção astral e sonhos lúcidos me atraiu tanto que mergulhei fundo nas páginas. Quando cheguei a última palavra, pensei: "- Não pode ser o fim." Uma leitura arrebatadora, com personagens que envolvem e nos fazem torce e vibrar em suas ações. 

Toda leitura depende da carga literária que já temos, como costumo dizer por aqui e essa caiu como uma luva e me conquistou. Só tenho a agradecer pelas horas proveitosas que tive em companhia da Sofia e da escrita da Camila M. Guerra. Obrigada do fundo do coração.

Por ser um tema do qual eu já havia me inteirado quando li Sonhos Lúcidos, mesmo sendo uma ficção fiquei me perguntando até onde podemos ir para entrar nesse mundo. Conheço pessoas que estudam o astral e conseguem fazer os feitos contados no livro, só não sei se em grupo, mas gostei tanto do tema, que pretendo explorá-lo um pouco mais. Ao chegar no final fui tão surpreendida que tive vários pensamentos para o desfecho, mas só pensei: - Que trama!


Beijos Elis!!!

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

#Primeiro e Único - Emily Giffin

Olá Leitores,
Hoje temos a resenha/análise de uma amiga blogueira convidada, a Greice Negrini do Blogando Livros. Confiram:


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Título: Primeiro e Único
Autor/a: Emily Giffin
Editora: Novo Conceito
Páginas: 448

Shea ainda não formou sua família como sua amiga Lucy. Na verdade namora um cara que não se decide com nada além de ser um treinador de futebol americano. Shea é jornalista na faculdade onde estudou e ama demais o futebol americano para fazer qualquer outra coisa além de torcer para a Walker. Tem total fascínio pelo treinador Carr, o pai de sua amiga Lucy, com o qual conviveu toda sua vida.

Lucy é casada com Neil e tem uma filha pequena. Agora enfrenta a dor pela morte de sua mãe e precisa enfrentar a dor junto com seu pai, o treinador do grande time da faculdade. Também conta com a ajuda de Shea que está sempre junto deles e prometeu cuidar de todos eles.

Shea sabe que precisa procurar novos rumos. Sua vida sempre foi naquela pequena cidade do Texas e mesmo que ame sua profissão, precisa encarar um lugar maior. Precisa buscar oportunidades em revistas e jornais maiores mesmo que isto signifique que terá que sair de perto de todos, ou ao menos se distanciar por certos momentos.

A Walker está enfrentando times de todo o país e como o futebol americano universitário é muito forte, eles tem conseguido vitórias bastante importantes, o que faz com que sigam adiante a caminho do campeonato nacional. A grande necessidade de vencer e o amor de muitos pelo esporte faz com que o treinador Carr comece a deixar de lado os seus deveres de pai e comece a duvidar de muitos sentimentos sobre o que é verdadeiro ou não.

Aos poucos, o amor pelo futebol americano que todos os envolvidos nesta história sentem os fará parar para pensar se a separação não é o melhor caminho para que a vida não os destrua ou o amor pelo mesmo tenha desde sempre os unido.



O que eu falo sobre o livro

Eu poderia ser bastante objetiva e dizer que se você gosta bastante de futebol americano ou quer aprender sobre o esporte, inclusive os termos técnicos, então este livro é para você. Caso não goste nem um pouco e não está interessada no assunto então deixe passar. Pronto, isso seria o suficiente, mas é melhor eu dizer realmente o que achei de tudo.

Não posso deixar de ler um livro da Emily Giffin. Se for colocar em ordem os que já li da autora vou enumerar Presentes da Vida, Uma Prova de Amor e Ame o que é Seu que se tornou um dos meus favoritos e ainda tenho guardados para ler Questões do Coração e Laços Inseparáveis. Desta forma você pode ver que li quase todos e tenho todos os livros dela já publicados no Brasil. Então tinha que dar a chance para Primeiro e Único porque ela sabe escrever bem e até agora não me decepcionou.

Primeiro e Único acabou sendo um livro que me cansou de uma forma que não se trata de erros de narrativa, erros na história ou algo do gênero e sim uma questão totalmente cultural. No Brasil temos o costume estrondoso de termos o futebol como esporte principal e até mesmo o vôlei é vem visualizado. Se eu fosse ler um livro sobre isso eu me sentiria mais em casa, digamos assim.

A questão é que a autora utilizou um livro para contar uma história com um esporte que é o amor do país dela, ou seja, os Estados Unidos. Desta forma, eu, que não aprecio nada de futebol americano, me senti totalmente enjoada com tantos termos técnicos. A personagem principal é jornalista de uma equipe de futebol, é fanática por futebol e é melhor amiga de um técnico de futebol.

A história vai se passar em uma cidade que tem uma faculdade que respira e vive o futebol americano e basicamente o romance vai ser rodeado sobre isto. Deu para entender o meu dilema? Entre uma ponte e outra surge um romance aqui e ali e um drama, mas para mim foi engolido pelas cenas esportivas.

Em relação a diagramação, a letra é a normal de tamanho agradável e com capítulos intercalados entre os personagens. O ruim é que há erros de pronomes bastante constantes em que se você não cuidar, acaba confundindo. Geralmente estão falando sobre a Shea, mas citando ela como ele. Isso é bastante comum no livro. Se for ler, preste bastante atenção.

Também há uma questão que me incomodou. É como uma certa hipocrisia que em um momento a personagem julga um fato que parece absurdo para muitos como se fosse simples e um que parece simples como um absurdo e assim faz com que o sentido da história perca um pouco a lógica.

Não favoreceu a leitura e não entrou para a lista de bons livros da Emily. Ganhou pontos com os amantes do esporte, mas perdeu pontos onde ela deveria ter mirado: nos leitores do mundo inteiro.


Abraços!!!